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Você trata seus filhos como foi tratado ou como gostaria que o houvessem tratado?

Lembra-se de quando era criança? De quando seus pais o repreendiam porque não fazia as coisas como eles queriam, mas como você podia? Eu sei e lembro-me de dizer a mim mesma que, quando tivesse filhos, não os faria sofrer tanto.

A verdade é que meus pais não eram tão cruéis, eu era uma dramática. Sim, houve aspectos de minha criação de que não gostei e que não aplicaria com meus filhos; outros, sim, foram eficazes. Sei que eles fizeram o melhor que puderam com uma menina rebelde e difícil de criar; não fizeram mais que replicar a criação que receberam.

Quando me tornei adulta, descobri a razão pela qual meu pai me educou de forma tão estrita; a verdade é que, com o que sei, não o culpo. Pelo contrário, minha mãe foi mais relaxada; isso equilibrou minha criação.

Hoje em dia as coisas mudaram muito em relação à criação. Eu mesma atrevo-me a dizer que a criação tem relaxado muito. Talvez se deva ao fato de os pais de hoje não quererem ser rigorosos; na realidade, o que mais querem é que seus filhos sejam felizes. Isso parece-me ótimo, mas temos de saber como conseguir isso de forma equilibrada.

Crie seus filhos como você gostaria de ter sido criado

Agora que você é um adulto encarregado de criar uma ou mais crianças pequenas, convido-o a questionar-se:

- Como você gostaria de ter sido criado?

- Como quer que seja a infância dos seus filhos?

- Quer que eles realizem seus sonhos? Ou deseja que vivam uma projeção da vida que você não pôde ter?

- Como sonha que seja a vida adulta dos seus filhos?

Responder essas perguntas lhe dará uma visão mais ampla da forma como você deve criar seus filhos.

A criação de cada criança no mundo deve estar livre de medos e ameaças; além disso, deve estar cheia de valores e princípios. Acrescente o fato de que a criação não deve ser executada apenas por um dos progenitores, mas que a criança deve poder contar com o amor e a orientação de ambos os pais.

Nenhum livro ou revista lhe dirá a melhor maneira de educar seus filhos. Para isso, conte com sua própria experiência, seu instinto e intuição. Se você não gostou dos tapas e dos gritos, então não os use em seus filhos. Corrija-os de forma diferente; conversar e orientá-los são atitudes assertivas.

Você aprende a ser pai enquanto seu filho cresce

Você sabe ser pai ou mãe tanto quanto seus pais sabiam. Você aprende a ser porque seu filho “vai lhe dizendo o que precisa ou não” em sua criação.

Os livros podem dar orientações, mas são pouco úteis, porque cada criança é um mundo e cada lar é único.

O que quero dizer é que você mesmo é quem escreve a história de como o seu filho precisa ser criado. Algumas crianças precisarão de uma mão mais firme do que outras, mesmo sendo gêmeas.

Agora, lembre-se de que você é pai ou mãe, não amigo. Seus filhos precisam de orientação, confiança, amor e respeito; os três últimos deverão estar presentes na relação pais-filhos de ida e volta.

Por que você não pode ser amigo dos seus filhos?

Porque um amigo é um igual e você não é, por mais que queira. Você é uma figura de autoridade; agora, não é por isso que você deve ser cruel; não é disso que se trata a autoridade, mas de saber educar e guiar.

Com isso em mente, seus filhos são obrigados a cumprir suas responsabilidades e você as suas. Quer queira quer não, você tem que estabelecer regras e princípios básicos que seus filhos devem cumprir. Seus filhos não devem esperar mais de você do que aquilo que você deve e quer dar; pelo contrário, eles devem cumprir com o que vocês estabelecem para que a relação seja equilibrada.

Por exemplo, é um erro querer dar a seu filho um Playstation de última geração por ter passado de ano. É uma falha, pois passar de ano com boas notas é um dever dele; isso não é questão de ele querer nem é negociável. É aqui que muitos pais falham.

Assim como é dever dos pais dar a seus filhos assistência, roupas, alimentos e outros; é dever do filho responder por suas obrigações como filho.

É verdade que ser pai ou mãe é algo difícil. Também é difícil o fato de que todos nós cometemos erros, mas sempre podemos corrigir esses erros. É só uma questão de nos lembrarmos de que estamos andando por um caminho desconhecido. É nosso dever aprender e corrigir os erros cometidos, saber pedir perdão, perdoar e seguir em frente com resiliência.

Fonte: Familia.com.br

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