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Uma criança quieta e obediente nem sempre é uma criança feliz!

Um dos maiores problemas da infância não está nas “birras” que as crianças fazem e muito menos nas suas respostas atravessadas, até porque esses comportamentos são completamente normais e esperados; podemos dizer que o maior problema está na forma como a comunidade e os espaços (públicos e privados) encaram a presença de crianças.

Tem sido cada vez mais comumencontrar pousadas, hotéis, restaurantes e outros espaços que proíbem a entrada de crianças, com a desculpa de que os responsáveis perdem a linha e deixam os filhos “soltos”, o que pode resultar em acidentes. Em primeiro lugar, vale a pena lembrar que, de acordo com o Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor (Idec), restringir a entrada de determinado grupo é uma violação à dignidade da pessoa humana, ferindo a Constituição Federal.

Além disso, impedir a entrada de crianças e adolescentes também fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), constrangendo e expondo-os a uma situação vexatória, sendo também uma prática abusiva, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Esse é apenas um exemplo de como a sociedade exige de crianças e adolescentes um comportamento que, mesmo adultos, não possuem.

Quantas vezes não nos deparamos com grupos de adultos em bares, festas, estádios ou diversos outros locais, aos berros, tumultuando e incomodando quem está em volta? Nem sequer os adultos são capazes de se controlar quando estão felizes e em grupos, por que as crianças precisam adquirir esse comportamento passivo e educado?

O problema está justamente no fato de que a comunidade exclui crianças e adolescentes dos espaços, chegando a permitir a presença de animais, mas se incomodando com um choro ou riso de um pequeno. É importante ressaltar que é humanamente impossível crianças se comportarem de maneira adultizadas, e quando o fazem, normalmente a explicação empregada é o medo.

Por medo de sofrer consequências físicas e emocionais de seus pais e/ou responsáveis, as crianças suprimem sua natureza. O neocórtex, segundo especialistas, não nasce pronto nos mamíferos, e só vai atingir seu completo desenvolvimento quando atingir 25/26 anos de idade. Você deve estar se perguntando o que afinal essa área tem a ver com o comportamento infantil, e a resposta é: tudo!

Precisamos sempre pesquisar sobre os estágios de desenvolvimento das crianças e passar a esperar delas apenas aquilo que são capazes de oferecer. Até os 4 anos, as crises de “birra” costumam ser intensas e parecem nunca ter fim, e isso ocorre porque a raiva, o medo ou o receio da separação são provocados nos cérebros dos pequenos. Isso significa que elas jamais serão capazes de tomar decisões equilibradas, de ter controle emocional, ética e até mesmo a capacidade de prever as consequências de seus atos.

Esses comportamentos são desenvolvidos com o tempo, e as crianças ainda possuem partes consideradas “primitivas” na massa cinzenta, ou seja, têm determinados gatilhos acionados para que se sintam protegidas de perigos que há milênios eram considerados mortais. As crianças simplesmente não possuem, de fato, o controle de algumas de suas ações e precisam dos adultos para regular suas emoções nos anos iniciais.

Sem vocabulário para expressar seus sentimentos e sem sequer saber o que estão sentindo de fato, têm extrema dificuldade de racionalizar suas emoções. Os dois hemisférios do cérebro também não operam de maneira ordenada, ou seja, as crianças não têm acesso ao neocórtex nos anos iniciais, além da ausência de fibras mielinizadas no corpo caloso que conectam os dois lados da massa cinzenta, potencializando a dificuldade em encontrar equilíbrio.

Sabendo disso tudo, como podemos esperar que crianças se comportem como pequenos adultos e sejam felizes dessa maneira? Reconhecendo que, em muitos momentos, elas não têm controle das próprias emoções, como exigir que suprimam tudo isso? As consequências podem ser desastrosas, o que significa que podemos criar crianças tristes, frustradas e até mesmo desapegadas das emoções, já que as forçamos a negar isso por muito tempo.

Se a sociedade fosse um local ideal, não seriam as mães que, majoritariamente, tomariam conta da criação infantil. Fortes redes de apoio de ergueriam, a comunidade cobraria a atuação do pai e todos os espaços seriam aptos a receber crianças, adolescentes e bebês, porque todos já passamos por esses estágios, e proibir ou esperar um comportamento diferente dessa faixa etária é negar a própria natureza humana.

Fonte: O Segredo

6 Comentários
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